quarta-feira, 31 de março de 2010

Avó cumpridora





Agora é que é caso para dizer - PEC para a esquerda…, PEC para a direita… - e assim tem andado o país envolvido há tempos e tempos com este tema (mais que esgotado, saturadíssimo) e que de uma forma ou outra, humoristicamente, levou cada portuguesinho a adoptar a sigla ao seu caso pessoal. De assunto sério e muito grave passou a ser glosado das mais diversas formas. Têm sido inúmeras as interpretações/traduções das referidas siglas – autênticas anedotas, bem divertidas… para isto temos nós muito jeito, somos mesmo muito hábeis…
Mas será esta questão original? Mal estará a família que não trace e cumpra o seu PEC ou simplesmente o seu PE!; nos dias difíceis que atravessamos será ousado falar em crescimento… se ficarmos pela estabilidade já não é mau…
Mas atenção! Parafraseando um político candidato à Presidência da Republica “Há mais vida para além do PEC”...
No respeitante aos meus miminhos, espero não defraudar as expectativas dos meus visitantes; prometo cumprir o meu PEC, nem que esse crescimento se traduza simplesmente no número de peças. Hoje tenho um conjuntinho de saia, casaquinho e botinhas, todo condizente e bem harmonioso!!! Está ou não a crescer?!!!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Avó vaticinadora







Nos derradeiros anos de exercício da minha actividade, quase integralmente vividos na Biblioteca da escola, fui confrontada diariamente com pedidos de pesquisa sobre bullying. Os requisitantes faziam parte de turmas de currículos alternativos, provindos, na maioria, de famílias desestruturadas para quem a escola era obrigatória, sob pena da suspensão do rendimento mínimo. Alunos completamente desmotivados que se passeavam pelos recreios molestando os colegas mais novos e desprotegidos e nas salas de aula única e simplesmente massacravam os professores. Numa tentativa paciente, rebuscada, pedagógica mas sempre frustrada de lhes proporcionar outras ofertas, uma variedade infindável de interessantes e formativos temas, o meu esforço era ineficaz, fracassado perante a obsessão, a voracidade com que se deleitavam com aquelas horrendas imagens!!!
Mas onde vamos parar com tanta agressividade, tanta falta de princípios e tamanho desinteresse?!Que futuro vai ser o destes jovens e o da comunidade que os rodeia?!!!
Interrogações pressagiadas
que me atormentavam mas perante o “statu quo” todos nós professores nos sentíamos desautorizados, condicionados, impotentes para pôr um ponto final!!!
Foi preciso haver mortes, suicídios de alunos e professores!!!...E agora vêm os famosos inquéritos…os tais que já convivem connosco e que não levam a nada… diz-se que os directores das escolas vão ter mais poderes, mais autoridade, que o estatuto do aluno vai ser alterado…”Haja Deus”!!!
Enquanto não houver “uma mudança” “uma rotura/ruptura” como diriam os candidatos à liderança do PSD…
O que não vai mudar é esta minha vontade de fazer miminhos. É mais um vestido para uma bebé de 6,7, 8 meses com o pormenor do bolsito… gracioso, não é?

segunda-feira, 8 de março de 2010

Avó femininista?





8 de Março, Dia Internacional da Mulher, tem origem nas manifestações femininas por melhores condições de trabalho e direito de voto no início do século XX na Europa e nos Estados Unidos. Esta data foi adoptada pelas Nações Unidas em 1975 para lembrar tanto as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres como as discriminações e as violências a que muitas mulheres ainda estão sujeitas em todo o mundo. Isto todos nós sabemos…é dos livros…Todavia o que interessa reflectir é, se passados cem anos, será pertinente que este DIA continue a ser calendarizado como tal.
Efectivamente, ainda hoje, em muitos países, a mulher é considerada uma “escrava” um ser inferior ao homem. No nosso caso concreto – Portugal - embora haja ainda alguma discriminação, tem havido uma evolução muito positiva, um atenuar relevante dessa monstruosa injustiça.
O facto de haver um Dia da Mulher e não um Dia do Homem já de si é discriminatório … mas, para além de ser uma chamada de atenção para o problema sério e infelizmente ainda actual, podemos dar volta ao seu primitivo significado e pensarmos que, na verdade, somos dignas de tal comemoração.
Senão, vejamos…
Modéstia à parte diria que nós, mulheres, somos não superiores mas seres mais completos. Raras excepções confirmarão a regra… (Os homens não vão perdoar esta minha “gracinha”)!!!
Não fossem as minhas palavras axiomáticas, basta sairmos de casa 3, 2 ou até 1 dia… e quantos detalhes ficam descurados…e se fossem só detalhes!!!É uma constatação...
Somos de uma sensibilidade singular, de uma força física e anímica copiosa, de um espírito de sacrifício ímpar, de uma perspicácia excepcional - adivinhamos o estado de espírito dos nossos filhos, os seus pensamentos, as suas alegrias, os seus temores, as suas angustias…É a intuição feminina, o tal 6ºsentido, enormemente apurado!...
E depois…somos capazes de fazer estes e muitos outros miminhos…Por estas e muitas outras razões reconheço que devemos continuar a festejar o Dia da Mulher. Somos "multifacetadas", “peças raras”, “somos únicas”!!!
ADORO SER MULHER!!!