sábado, 23 de março de 2013

Avó confiante









 

Ser Assis ou Xavier a fonte inspiradora do nosso Papa Francisco eis uma não questão. Ele é sim,  uma simbiose perfeita desses dois indiscutíveis ícones religiosos.
Desde a sua 1ª aparição não deixa de nos surpreender com a sua simplicidade, a sua simpatia mas também com uma grande firmeza de carácter, uma profunda personalidade quebrando protocolos atrás de protocolos mostrando, desde já, tempos de mudança!
Despido não só de preconceitos mas também de vestes ornamentadas, adereços pomposos de validada luxúria, este modesto jesuíta sul americano, muito autêntico, experiente, sabedor, com provas dadas no terreno chega às nossas casas e magicamente oferece-nos alguma esperança.
Com vivências entre os mais desfavorecidos (pobres, doentes, “ marginais”) é já alguém que conquistou os nossos corações por tanto bem ter feito pela humanidade!
A acrescentar a esta minha manifesta empatia acrescem algumas coincidências: a 1ª do foro privado ocorreu há 3 meses, ainda nos resquícios de trabalho de parto, precisamente no momento em que puseram nos braços da mãe o meu neto e ela muito espontaneamente agarrada à sua cria desabafou “habemus Francisco”, longe de imaginar a repercussão que esta expressão viria a ter pouco tempo depois; para além de terem em comum o nome, a data de aniversário (17 de Dezembro), a simpatia bem esboçada no bebé e a já tão reconhecida  no bispo de Roma como ele insiste em se intitular, tenho esperança que, à medida que for crescendo, outras semelhanças se possam a vir a declarar, que o nosso Papa Francisco lhe seja ele sim uma fonte inspiradora , um paradigma a ser seguido nas várias vertentes da sua vida!


sexta-feira, 1 de março de 2013

Avó escandalizada













 
Hoje, 28 de Fevereiro de 2013 passa a ser uma data histórica na igreja – o papa Bento XVI vai resignar e enclausular-se com objetivos bem definidos para a sua derradeira caminhada:
meditar, escrever, orar, orar, orar...
Apesar de não ser inédita a sua decisão, faz-nos pensar nos reais motivos que o levaram a abdicar. É inegável, é bem visível a  sua debilidade física… mas um homem frio (não fosse ele alemão), de tamanha craveira intelectual, de rara inteligência e ainda em pleno uso das suas capacidades mentais, deixar-se levar pelo caminho mais fácil… a desistência…!? É oportuno relembrar que “só sabe o que se passa no convento, quem lá está dentro”… coragem, fraqueza, frustração?!!!
Não fossem os tantos e promíscuos escândalos (assédios, pedofilia, infidelidades, conspirações…) a que foi obrigado a contornar, estou certa que resistiria a cumprir a sua verdadeira missão de pontífice que, valha a verdade, nada teve de fácil:
suceder a João Paulo II, a um santo homem, com uma popularidade ímpar na história da igreja, um autêntico angariador de afectos apreciado por crentes, ateus, agnósticos …
os diversos e constantes constrangimentos internos e mundiais com que foi sendo confrontado
Resta-nos, agora,  aguardar pelo fumo branco a sair da Capela Sistina  sinal que “Habemus Papam”, um homem de sangue mais forte, vigoroso, decidido a reformular o estado anémico, estático, preconceituoso da igreja; não interessa a sua continentalidade, terá sim, para além de ser BOM, um chefe com uma visão global, preocupado com toda a igreja, “antenado” com o mundo inteiro de modo a suscitar ao povo alguma esperança. Assim seja!