quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Avó agradecida














Estamos no Natal! Tempo de adoração! Celebramos o nascimento de Jesus, cercado de mistérios... mas haverá algum nascimento alheio a este mundo de interrogações, incógnitas, enigmas?!...

O nascimento de uma criança é sempre um milagre, uma concretização de um sonho, de um instinto, um privilégio, motivo de uma alegria incomensurável, uma felicidade desmedida, é uma sensação única, a mais feliz de todas as felizes, boa demais para nos pertencer... afigurando-se no limiar do irreal, apresenta-se autêntica, verdadeira...

Neste Natal temos entre nós um presépio ao vivo. A Maria, o rebento mais tenro da família, com apenas alguns dias de vida, rodeada pelos pais muito babados... os avós, tios, primos vão chegando e presenteá-la com muito carinho, muito amor, muito aconchego... A Maria vai ser a protagonista da festa, da reunião da família, alvo de adoração, a personificação do menino Jesus a quem todos vamos agradecer esta dádiva e pedir as maiores bênçãos, as maiores felicidades para a sua vida...

Para além de todo este calor humano não podiam faltar os miminhos desta avó para aquecerem bem a nossa pequerrucha já que o tempo se augura demasiado frio, mesmo gélido... um conjuntinho de vestido, casaco, carapins e a cereja no bolo - uma touquinha - tudo em tons de rosa e cinzento, cores eleitas da "minha colecção deste inverno"...

Santo Natal!













segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Avó sonhadora

















Os presépios desde sempre me fascinaram! Recordo com grande saudosismo o entusiasmo, a alegria, a excitação dos preparativos que eu e os meus irmãos sentíamos assim que iniciávamos as férias do Natal! Fazer o presépio! Desde que não chovesse, o frio não era impeditivo... logo de manhãzinha, bem encasacados e com os apetrechos adequados - um carro de mão e uma sachola - fazíamo-nos ao caminho, deambulávamos pelos pinhais mais próximos ou, se necessário, mais longínquos à procura do musgo mais viçoso e frondoso das redondezas...
Era um alvoroço!... A parte da manhã estava passada... mal almoçávamos... mãos à obra... e até à noitinha levávamos a cabo o projecto que tínhamos em mente, sendo que ia constantemente sofrendo alterações à medida que cada um de nós era iluminado por uma ou outra alteração fantástica!

Era com verdadeiro orgulho que mostrávamos aos nossos pais, familiares e amigos o produto final, a nossa obra de arte, reflexo da nossa fantasia e imaginação!

O melhor dia de férias estava passado!

Passados estão também já muitos anos e o meu deslumbramento pelos presépios está cada vez mais aceso... e muito determinado em incutir este encanto à minha neta... a Mariana já foi cúmplice no desempenho deste presépio, colocando os figurantes nos seus respectivos sítios mediante pedagogia previamente transmitida. Esta primeira abordagem consistiu em lhe contar a "história" do nascimento do menino Jesus; em seguida, mostrar-lhe os personagens principais do presépio e, só então, recriar o acontecimento conjugando os dados do "puzzle" tendo sempre a preocupação de enfatizar a simplicidade, a modéstia do local - um curral e uma manjedoura com palhinhas, aquecido pelo bafo do burro e do boi - a humildade daquelas gentes vindas das suas terrinhas visitarem e presentearem o Menino com mantimentos criados nas suas próprias casas...

O que ela gostou das ovelhinhas! E do castelo donde tinham partido os reis magos! E dos fogueteiros e sanfonistas! Uma verdadeira festa!

Estou certa que, apesar dos seus 3 anos e meio, este presépio já lhe vai ficar nas suas memórias... para o ano, se Deus nos der saúde, prometemos mostrar-lhes um outro mais elaborado, quem sabe com alguma animação!... É um sonho... tornar-se-á realidade?!...

Um miminho tão acessível para os avós e tão apreciado pelos netos!...

domingo, 20 de novembro de 2011

Avó Vicentina



































































Sou voluntária desde sempre e Vicentina há uns meses o que potencia gigantescamente as minhas responsabilidades para com os mais necessitados. A Conferência de S. Vicente de Paulo da Paróquia de Nossa Senhora de Lurdes a que pertenço, tal como todas as outras do país, de mês para mês, ressente-se imenso com a diminuição de bens essenciais provenientes do Banco Alimentar. A acrescentar a esta carência e não menos dramático ( para muitos os medicamentos são tão essenciais quanto o são os alimentos) é a situação recorrente com que nos deparamos com pedidos de ajuda para pagamentos de receitas nas farmácias, compra de óculos e... e...


Para além de umas parcas cotizações, das colectas praticadas regularmente entre as vicentinas e o produto de vendas de compotas confeccionadas pela presidente da Conferência ao longo de todo o ano, o pecúlio é simplesmente nulo.


Para responder a esta falta de meios, vamos levar a efeito uma venda de natal para colmatar algumas destas emergentes situações de aflição.


Convido todas as minhas "fãs?!", amigas a visitarem a exposição/venda a partir do dia 23 deste mês de Novembro no átrio da antiga igreja de Nossa Senhora de Lurdes (Rua António José de Almeida) das 15 às 19 horas.


Ireis encontrar miminhos desta avó, mas também e, sobretudo, muitos miminhos de outras avós:




  • produtos gourmet, caseiríssimos (aconselho vivamente)


  • trabalhos de artesanato em barro, de pintura, de costura...


  • ...


  • Afinal os meus miminhos têm um destino!...Apareçam!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Avó simpática





































Vivo numa rua pacata, muito sossegada, pacífica, com vizinhos extraordinários onde a relação entre todos se não se pauta por grande amizade, pelo menos materializa-se por cordiais, esfusiantes cumprimentos.



Há ano e meio fomos agradavelmente surpreendidos por uma remodelação exemplar dos nossos passeios; na verdade, ainda não eram propriamente caminhos de cabras, mas estavam velhos, ondeados, causadores de um ou outro tropeção.



Lama, buracos, trânsitos interrompidos, como é apanágio de qualquer obra deste género... e o tempo que tudo isto levou?! foi imenso, lento para não o apelidar de preguiçoso... os trabalhadores paulatinamente iam esburacando, tapando, destapando, faziam as suas constantes pausas para fumar o seu cigarrito enquanto os seus colegas não fumadores os apreciavam ... não fossem estes trabalhar mais do que os viciados!...



Cenas dignas de serem filmadas!...



Valeu a pena... a calçada à portuguesa ficou perfeita e convidativa a passearmo-nos para lá e para cá vezes sem conta...



Há 3 semanas fomos, de novo, invadidos por um barulho ensurdecedor... ficámos atónitos, perplexos com o aparato com que nos defrontámos... 2 escavadoras medonhas, máquinas de fazer cimento, um batalhão de capacetes, um séquito de sacholas... uma rotura de um cano, por complicada que fosse, não carecia tal ostentação...



Para pasmo de todos, os passeios da nossa rua e seus limítrofes, recentemente renovados, estavam agora a ser estilhaçados, completamente destruídos... Por quê? Presumimos que se tenham esquecido de substituir a canalização previamente, ou... ou...



Situação abjecta, inexplicável, simplesmente contra natura!...



Não fosse o facto de sabermos "que estão mexendo nos nossos bolsos" até nos podíamos descontrair 5 ou 10 minutos apreciando as manobras em execução... se é divertido observar o vai e vem de uma escavadora, já mais patético é assistir à abertura de um buraco... cova feita, 1 ou 2 homens entram nas profundidades e 7 ou 8 rodeiam e contemplam indefinidamente o fosso... fará parte do processo?



Para além do incómodo... o prejuízo que isto representa... a minha rua é o espelho do nosso país... faz-se, desfaz-se, torna-se a fazer e assim se gasta o dinheiro que não temos.



Os meus passeios estão a ser repetidamente torturados, violentados... ai se eles falassem!... "desorganização, descoordenação, desgoverno..., des..., des..., incapacidade, in..., in..." tantos prefixos de negação.



Não tenho dúvida que a minha rua vai ficar novamente simpática... todos os seus moradores o são... e os meus miminhos também não são tão simpáticos?































































segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Avó confiante














Nasceu hoje o bebé nº 7 mil milhões. A notícia não teria relevância especial não nos fizesse ela reflectir que em nada contribuímos para essa porção de gente no mundo!...

A conjuntura económica, social, hoje em dia, tornou-se proibitiva de os casais terem a prole com que sempre ambicionaram, de realizarem os seus sonhos alimentados durante o tempo de enamoramento.

A falta de emprego por precário que seja é raro... os jovens forçosamente têm de investir nos seus curricula... cada vez mais tarde se tornam independentes, autónomos economicamente e... e...

E o que acontece a acrescentar a tudo isto? O tempo vai passando... as jovens deixam de ser jovens e chegamos à situação em que nos encontramos... do nosso país ter a taxa de fecundidade das mais baixas do mundo!...

Infelizmente, se estão à espera de estabilizarem as suas vidas, então, é melhor tirarem "o cavalinho da chuva"... nem na altura da menopausa!...

Vivemos num país envelhecido com uma natalidade atrofiada, definhando cada ano que passa com todas as implicações que daí advêm.

Bebés precisam-se!

Para além do vigor, da genica esfusiante, da alegria que o rejuvenescimento da população nos podia trazer era a nossa mais valia... a nossa sustentabilidade está em causa, o funcionamento da segurança social comprometido... tudo podia mudar...

O meu contributo está aos olhos de todos... miminhos atrás de miminhos... este post é elucidativo da minha aposta convicta na mudança... uma "fornada" de casacos e carapins para recém nascidos...














quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Avó artesã
















A Kitty é, hoje em dia, o ídolo da criançada. A minha neta não é excepção e, se ela faz as suas delícias, por que não "engendrar" uma camisolinha com a sua personagem preferida?!
Difícil?! Nem pensar!..


  • precisamos, obviamente, de uma camisola

  • copiamos a gatita para um papel vegetal

  • certificamo-nos que, com 3 ou 4 alfinetes, conseguimos fixar bem o papel à camisola

  • com uma agulha de coser lãs, bordamos por cima do risco previamente delineado aplicando um qualquer ponto que nos seja mais familiar

  • retiramos os restos do papel de vegetal

"a obra de arte" está terminada e nós muito felizes com a sensação que vamos, seguramente, agradar às nossas netas e partilhar com elas o seu mundo imaginário!...


O casaco cinzento com cores metidas já é mais elaborado, requer algum "traquejo" nestas lides. Aconselho que dêem uma espreitadela num outro trabalho já há muito exposto, em avó desafiadora (Setembro 2010) "exige só e apenas um pouco de paciência para ir desenrolando as várias lãs que entretanto se vão entrelaçando e o cuidado de dar a devida folga entre os vários fios para o trabalho não ficar repuxado. É essencial que o avesso fique perfeito; as laçadas não podem ser nem mais compridas nem mais curtas, impõem um tamanho certo, adequado como se vê na foto" palavras minhas de então, aplicáveis ao modelo actual.





































quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Avó burlada



















Mais uma sugestão! Peculiaridades? Uma golinha redonda, avivada pelo meu picô favorito em roupa de criança (ponto de caranguejo), uns alinhavos na cintura que dão um toque bem elegante e feminino ao vestido e uns buracos na parte inferior que lhe conferem também alguma graciosidade.


Buracos? Sim, mas estes são inofensivos... são enfeites; à força de tanto ouvir tal palavra, (talvez a mais generalizada e disseminada nos últimos tempos) até a mim me ocorre quando falo/escrevo sobre pontos utilizados nos meus miminhos!... Ao que nós chegámos!


Tanto buraco, tanto buraco!... todos os dias desponta mais 1, ... uns grandes, enormes, outros gigantescos a rondar a cratera... uns de autoria assumida e cometidos por ambição política... outros praticados com fins lucrativos por alguém que se confessa descaradamente incólume, ausente de culpas e desavergonhadamente se passeia algures por essas capitais cosmopolitas, quiçá, paraísos fiscais desfrutando do bem estar, "do bem bom" que todos nós, contribuintes, lhes proporcionámos...


Ganharam-no em bom tempo, ou melhor, roubaram-no no tempo em que ainda "o " havia... tornando este país conhecido por aquele rectangulozito à beira mar esburacado...


Agora é que é caso para parafrasear o tão polémico dirigente nortenho "Quantos são, quantos são?!"


Pela magnitude terrífica da situação não foi obra de meia dúzia de intrusos... forçosamente tratou-se de um bando de malfeitores, gentinha de má índole que aproveitou o poder para enriquecer (ilicitamente) sem escrúpulos de qualquer ordem "borrifando-se" simplesmente para a decadência e empobrecimento do país. Fomos burlados!...