segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Avó admoestada
















"Não há fome que não dê em fartura". Na verdade, há já muito tempo que não contemplo o género masculino... para colmatar esta minha falha aqui vão dois casaquitos - se bem que para idades e finalidades distintas... o azul clarinho, trespassado, mais próprio, diria mesmo ideal para usar por cima de um babygrow... o dos coelhinhos para crianças com mais uns mesitos, numa idade em que os animais já lhes despertam alguma atenção... deve fazer um conjunto perfeito com uns calções ou calças com as mesmas tonalidades... vão assemelhar-se a uns homenzitos em miniatura...

Reconheço que são agasalhos muito práticos, muito confortáveis, muito quentinhos, têm a sua beleza, especificidade, mas nada que chegue à graciosidade que imprimimos à roupa de menina...

É mais uma rendinha, mais um lacinho, pormenores avessos e contestados pela masculinidade dos rapazinhos. Eles são mais fortes, mais robustos, menos atreitos a estes artifícios. É incontornável que elas são mais frágeis, lamechas, mais piegas e nós, por tanto as apaparicarmos, (desde logo com as roupinhas) contribuímos, inconscientemente, para exponenciar essa tendência...

Mas, agora, atenção! Temos que refrear todas estas nossas fraquezas... somos admoestados pelos nossos governantes... já o nosso ex presidente Sampaio nos pedia que nos deixássemos de lamúrias... agora o nosso 1º ministro quer que deixemos de ser piegas. Maior sintonia?! Afinal, estão ou não a dizer a mesma coisa? O impacto, a repercussão manobradas na comunicação social é que em nada têm a ver. Pontos de vista diferentes?! Uma questão de contexto?! Interpretação "intencional" ambígua?! Simplesmente critérios?!...

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