Avó resignada

Para além de outros, fiz este miminho para oferecer à Oficina do Idoso que, ao longo do ano e muito especialmente nesta época, faz vendas de artigos vários com o objectivo de angariar fundos para a respectiva Associação.
O Natal é para as crianças mas também não podemos esquecer os Idosos. E porque acredito que, com este e outros simples e modestos gestos, posso contribuir para que alguém passe um Natal com alguma dignidade, sinto-me mais tranquila e resignada com as discrepâncias sociais especialmente sentidas e deveras potenciadas nesta época.
A combinação das cores do vestidinho já nos é familiar. Apenas foram trabalhadas inversamente como nos relembram as fotos ; contudo, há sempre um ou outro pormenor ou detalhe que dão uma identidade própria à “obra” – neste caso são os punhos e a barra feitos em ponto “favo”.

Para esta época natalícia só desejo a todos (e já não é pouco) saúde, muito espírito de solidariedade; e, assim, estarão reunidas condições para termos paz e com paz teremos certamente BOAS FESTAS!...

Avó perplexa

O que mais me encantou neste vestidinho?! A combinação das três cores ficou estupenda!... e os torcidos pequeninos do peitilho dão-lhe também uma certa graça!...
Trabalhoso? Um pouco…mas a avó da Ritinha merece… uma avó que deixa o seu emprego, a sua casa, a sua terra, amigos... e ruma de malas e bagagens para algures no meio do Atlântico para ser “bábá” da sua netinha!... Só pode ser uma super avó... Que paixão! Um gesto que no mínimo me deixou perplexa…

Quis surpreender a família enviando este miminho a tempo da Maria Rita o estrear no dia do seu 1º aniversário. Muito agradecidos e também por gentileza enviaram-me uma foto reportando o acontecimento. Por razões óbvias manipulei-a mas juro que só retirei a carita linda da bebé…

Face oculta!!!
Ela está ao telemóvel. Estará a fazer alguma escuta? Será possível que até as crianças já façam humor com este processo?!
Também não é para nos espantarmos… elas nasceram numa época em que são bombardeadas de manhã à noite com escândalos e este agora… é o mais actual!!!

Avó deliciada

Que semana fértil em acontecimentos político/sociais!!! Cimeira Ibero/Americana, Tratado de Lisboa,..um cosmopolitismo ímpar, desmesurado…
Cimeiras?!…formigam actualmente; Tratados?!... nem tanto assim… mas “c’os diabos”… não é qualquer país que tem um tratado com o nome de uma das suas cidades…

Virá a dar frutos? Isso já é outro assunto…

Controverso? Sem dúvida! O pormenor dos referendos…mas “foi porreiro, pá”!!!
Em maré de tanta crise, estes eventos enlevam a nossa auto estima que tanto tem andado “p’las ruas d’amargura".
Mas o que também me faz muito bem ao meu ego são os meus miminhos!...

Este pulôver!!! Tudo o que é pequenino tem muita graça!... é verdade… mas que fiquei deliciada com a “obra”, fiquei.
É para o loirinho da família. O Zé Miguel é lindo, lindo!… e anda sempre impecavelmente bem vestido. É uma grande ousadia da minha parte "avalentar-me" a “competir” com as boas marcas que usa. Este pulôver tem uma marca muito especial - marca do amor e é assinada pela tia avó muito babada
Rosinha

Avó melancólica

Uma camisola vermelha para iluminar os dias escuros e tristes do Inverno!
Modelo realçado por um jogo de “mosquinhas” bem distribuídas (não aleatórias) pela parte da frente. O cós, os punhos, o decote e a carcela são feitos em ponto de arroz. Para as menos letradas “nesta área” ou para aquelas avós que, tal como eu, há muito andam afastadas destas lides e possam, eventualmente, estar esquecidas, aqui fica um auxiliar de memória: faz-se 1 liga, 1 meia, 1 liga, 1 meia…na parte do direito; do avesso é sempre e só liga; na carreira seguinte (do lado direito) faz-se novamente 1 meia, 1 liga, 1 meia, 1 liga… mas desencontradas da carreira anterior – em cima da liga fica 1 meia e obviamente em cima da meia, 1 liga.
Muito fácil, de efeito bonito e …diferente!...

Avó perseverante

As trancinhas mais vulgarmente conhecidas por torcidos são sempre uma mais valia nos trabalhos em que marcam presença.
Admito ter uma preferência muito especial por este enfeite como, aliás, já se deve ter notado (e o que ainda está para aparecer?!…); acho que se adapta a qualquer contexto e surte sempre um efeito muito peculiar, exclusivo, alinda e contribui para dar um certo realce e relevo ao conjunto.
Cor cinzenta, torcidos…duas coordenadas privilegiadas nesta colecção!!!
Nesta camisolinha fiquei particularmente agradada com a distribuição bem doseada dos torcidos quer na manga quer na parte da frente onde a gola dupla cai como cereja no bolo.
Insisto neste tipo de gola nas camisolas e vestidos (feita de preferência em ponto 1 por 1 ou liga) não só por ser bonitinha mas sobretudo porque se ajusta ao pescoçito na perfeição!...

Avó noctívaga

“Se eu podia viver sem fazer tricot?! Poder, podia… mas não era a mesma coisa!!! “
Na verdade, o tricot veio preencher alguns momentos do meu dia (à noite!!!) que outrora eram curtos, preocupados e agora (graças à mudança de estatuto – aposentada) se tornaram apetecíveis e muito desejados.
Boa disposição física e mental, um bom e recheado debate/documentário televisivo ou radiofónico e um tricot bastante motivante são ingredientes preciosos para um serão agradável, descontraído, bem passado!!!
É nesta atmosfera envolvente que os meus miminhos são congeminados, vão crescendo e tomam forma.
Esta camisolinha com barras de cores metidas, um desenho muito simples (para principiantes…) é uma sugestão a seguir. Cores quentes para dias frios!...É linda!!!

Avó intemporal

Estilo? Intemporal. Basicamente o mesmo dos vestidos já anteriormente anunciados.
Cor? Cinza e azul escuro – combinação soberba (forçosamente a repetir).
Novidade? Mangas às riscas e a gola em liga e dupla – pormenores expressivos que fazem a diferença.
Atenção!!! A gola é cozida pelo lado direito pelo que as malhas têm de ser tiradas (montadas) do avesso, faz-se um número suficiente de carreiras para dar o efeito pretendido ( a dobra) e não esquecer de fazer 2 casas que têm de ficar sobrepostas para o botão funcionar.
Resultado? Bonito, quentinho, prático e muito, muito confortável.

Avó obstinada

Enquanto tive voz na matéria, nunca as minhas filhas deixaram de ter, no inverno, uma saia cinzenta; era uma peça imprescindível nos seus guarda roupas.
Para além de ser particularmente discreta, é um básico que permeia e convida qualquer cor a uma conjugação perfeita e harmoniosa.
A toilette estava sempre preparada - era só escolher a blusa, casaco ou camisola que, para o momento, melhor combinava.
Com a minha neta, enquanto me deixarem ter alguma voz na matéria também “a escola” vai ser a mesma.
Encontrei um “kilt” exactamente igual aos de outros tempos. O principal está conseguido; agora é só ter imaginação, (e nem é preciso muita) já que qualquer cor ou padrão “casam” lindamente com o cinzento.
Repare-se neste casaco de base cinza trabalhado com vermelho e branco. Efeito? Simplesmente admirável, vistoso! E porquê toda esta apologia ao cinzento?
Pelo simples facto de que é a cor eleita para a “minha nova colecção Outono/Inverno” como ireis ter oportunidade de constatar nas próximas edições!...

Avó activa

Os últimos “posts”, dedicados integralmente a outros bebés podem, eventualmente, aventar suspeitas de incúria por parte da avó em relação aos miminhos para a Mariana. De todo! Nada foi negligenciado; antes, pelo contrário, tenho trabalhado bastante para a sua “Nova Colecção Outono/Inverno”.
A Mariana está crescida, já caminha muito bem, deixou de ser bebé, sendo premente uma renovação total e completa do seu guarda roupa. Comecei por fazer um vestidinho. Experimentei e delirei. É uma peça única, muito prática, moldando-se optimamente ao corpito como, aliás, as presentes fotos demonstram. Será, pois, o vestido uma das tendências desta “Nova Colecção”.

Para aguçar o interesse e expectativa desta recente série de miminhos, presenteio-vos, desde já com duas sugestões:
Um vestidinho azul escuro combinado com um fantástico azul turquesa – repare-se na golinha ajustada ao pescoçito qb para o que muito contribuiu a boa dimensão da carcela. Como adereço, escolhi um cinto roliço, feito artesanalmente (prometo, num dos próximos números, explicar-vos a sua consecução).
O outro vestido, não menos gracioso, azul escuro e branco. Para quebrar a “mancha branca” da manga idealizei umas cotoveleiras às riscas que lhe dão um ar muito desportivo e uma certa originalidade.
Aguardo, ansiosamente, os vossos comentários, sugestões, bem como pedidos de eventuais esclarecimentos...

Avó reconhecida

Se o nascimento de uma criança é motivo de grande felicidade, o nascimento de gémeos é de alegria redobrada. Estes conjuntinhos são oferta da Mariana para o Pedro e o Francisco, acabadinhos de nascer.

A Nanocas ficará eternamente agradecida à jovem mamã por ter contribuído, no hospital, para a reabilitação do seu bivô. Para além das suas boas práticas médicas não vai esquecer os gestos e as palavras calorosas e muito humanas dispensadas em momentos tão terríficos que a iam impossibilitando de conhecer o seu bisavô. O nosso bem haja.

Avó bisbilhoteira

A praia da Tocha (e lá volto eu a falar deste recanto “à beira mar plantado”) é ainda muito frequentada por pessoas de usos e costumes muito tradicionais que aproveitam algum do seu tempo de lazer para materializarem certos trabalhos impensáveis de serem concretizados em período de trabalho. E alguns são autênticas obras de arte, estendais de grande, excepcional criatividade.
Eu bem punha o olhito, a espreitar, (só espreitava, não escutava, nada de escutas!!!), sempre na ânsia de encontrar algum modelo sui generis que me agradasse e eu pudesse plagiar. Mas não, completa decepção! Só rendas, só arraiolos! É inegável - o tricot está mesmo fora de moda. Numa tentativa de o reabilitar só me restou mesmo engendrar umas combinações de pontos e mostrar esta saíta e outros miminhos irresistíveis ao meu núcleo de amigas para elas, assim, se renderem ao desafio e me seguirem o exemplo. E resultou!!!

Avó desenferrujada

É na Praia da Tocha que passo o mês de Agosto desde que me conheço (há tantos anos!, já são mais que muitos!).

Falta de imaginação? Não! É a minha praia de eleição, não só pelo seu areal extensíssimo, ou pelo seu iodo sobejamente recomendado ou por ser ainda uma praia muito genuína mas, sobretudo, porque é lá que encontro anualmente muitos e grandes amigos!
A converseta põe-se em dia, tudo é rigorosamente esmiuçado quer nos passeios à beira mar, ao longo da floresta ou simplesmente sentados na barraca. Venho de lá sempre muito mais solta, desenferrujada ( das pernas e muito especialmente da língua!!!).
Apesar daquela sã e reconfortante “cavaqueirice”, uma autêntica asfixia verbosa, o tricot não é menosprezado. É o ambiente ideal para, em simultâneo, fazer gosto ao dedo com trabalhos muito simples, que requeiram apenas exercício manual automatizado. Esta saíta cor de rosa, muito básica, não deixa de ser muito fofinha e é fruto desse contexto!...

Avó genuína

Foto 7

Foto 8

Foto 1

Foto 2

Foto 3

Foto 4

Foto 5

Foto 6

“Ainda está para nascer” alguém que não tenha apreciado sobremaneira estes sapatinhos e não tivesse manifestado interesse em aprender a executá-los. Então, mãos à obra.
É suposto, claro, que se saiba fazer “liga” e “meia”. Para além de umas agulhas e um novelo de lã, é só seguir os vários passos que as imagens tão bem elucidam. Depois de se fazer um rectângulo em liga com os vários orifícios, se terem matado 10 malhas e se ter prosseguido o trabalho com listas de “meia” e “liga”, é só montar os carapins: coser e franzir com uma agulha própria para lãs. (Fotos 1, 2, 3)

As fotos 4, 5 e 6 são relativas à sola do sapatito – tornam-se a franzir as listas para dar o efeito pretendido (arredondado), cose-se quase toda a planta do pé e, de novo, franze-se a ponta (foto 5) para, então, finalmente rematar. Faz-se um cordão com agulhas de crochet para os atilhos e, eis, a tarefa concluída. (Fotos 7 e 8).

Em maré de entrevistas e debates, espero (também eu) ter contribuído para esclarecer com os meus PMEs (pequenos e médios ensinamentos) algumas dúvidas que, eventualmente, pairassem na mente das minhas leitoras!!!
“Sei que quase nada sei” mas mesmo esse poucooooooo…gosto de partilhar. Faz parte de mim, sou mesmo genuína para utilizar um adjectivo tão em voga na classe política!!!

Avó genuína

“Ainda está para nascer”alguém que não tenha apreciado sobremaneira estes sapatinhos e não tivesse manifestado interesse em aprender a executá-los.

Então, mãos à obra.
É suposto, claro, que se saiba fazer “liga” e “meia”. Para além de umas agulhas e um novelo de lã, é só seguir os vários passos que as imagens tão bem elucidam. Depois de se fazer um rectângulo em liga com os vários orifícios, se terem matado 10 malhas e se ter prosseguido o trabalho com listas de “meia” e “liga”, é só montar os carapins: coser e franzir com uma agulha própria para lãs.

As fotos 4, 5 e 6 são relativas à sola do sapatito – tornam-se a franzir as listas para dar o efeito pretendido (arredondado), cose-se quase toda a planta do pé e, de novo, franze-se a ponta (foto5) para, então, finalmente rematar. Faz-se um cordão com agulhas de crochet para os atilhos e, eis, a tarefa concluída fotos 7 e 8.

Em maré de entrevistas e debates, espero (também eu) ter contribuído para esclarecer com os meus PMEs (pequenos e médios ensinamentos) algumas dúvidas que, eventualmente, pairassem na mente das minhas leitoras!!!

“Sei que quase nada sei” mas mesmo esse poucooooooo…gosto de partilhar. Faz parte de mim, sou mesmo genuína para utilizar um adjectivo tão em voga na classe política!!!