domingo, 20 de novembro de 2011

Avó Vicentina



































































Sou voluntária desde sempre e Vicentina há uns meses o que potencia gigantescamente as minhas responsabilidades para com os mais necessitados. A Conferência de S. Vicente de Paulo da Paróquia de Nossa Senhora de Lurdes a que pertenço, tal como todas as outras do país, de mês para mês, ressente-se imenso com a diminuição de bens essenciais provenientes do Banco Alimentar. A acrescentar a esta carência e não menos dramático ( para muitos os medicamentos são tão essenciais quanto o são os alimentos) é a situação recorrente com que nos deparamos com pedidos de ajuda para pagamentos de receitas nas farmácias, compra de óculos e... e...


Para além de umas parcas cotizações, das colectas praticadas regularmente entre as vicentinas e o produto de vendas de compotas confeccionadas pela presidente da Conferência ao longo de todo o ano, o pecúlio é simplesmente nulo.


Para responder a esta falta de meios, vamos levar a efeito uma venda de natal para colmatar algumas destas emergentes situações de aflição.


Convido todas as minhas "fãs?!", amigas a visitarem a exposição/venda a partir do dia 23 deste mês de Novembro no átrio da antiga igreja de Nossa Senhora de Lurdes (Rua António José de Almeida) das 15 às 19 horas.


Ireis encontrar miminhos desta avó, mas também e, sobretudo, muitos miminhos de outras avós:




  • produtos gourmet, caseiríssimos (aconselho vivamente)


  • trabalhos de artesanato em barro, de pintura, de costura...


  • ...


  • Afinal os meus miminhos têm um destino!...Apareçam!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Avó simpática





































Vivo numa rua pacata, muito sossegada, pacífica, com vizinhos extraordinários onde a relação entre todos se não se pauta por grande amizade, pelo menos materializa-se por cordiais, esfusiantes cumprimentos.



Há ano e meio fomos agradavelmente surpreendidos por uma remodelação exemplar dos nossos passeios; na verdade, ainda não eram propriamente caminhos de cabras, mas estavam velhos, ondeados, causadores de um ou outro tropeção.



Lama, buracos, trânsitos interrompidos, como é apanágio de qualquer obra deste género... e o tempo que tudo isto levou?! foi imenso, lento para não o apelidar de preguiçoso... os trabalhadores paulatinamente iam esburacando, tapando, destapando, faziam as suas constantes pausas para fumar o seu cigarrito enquanto os seus colegas não fumadores os apreciavam ... não fossem estes trabalhar mais do que os viciados!...



Cenas dignas de serem filmadas!...



Valeu a pena... a calçada à portuguesa ficou perfeita e convidativa a passearmo-nos para lá e para cá vezes sem conta...



Há 3 semanas fomos, de novo, invadidos por um barulho ensurdecedor... ficámos atónitos, perplexos com o aparato com que nos defrontámos... 2 escavadoras medonhas, máquinas de fazer cimento, um batalhão de capacetes, um séquito de sacholas... uma rotura de um cano, por complicada que fosse, não carecia tal ostentação...



Para pasmo de todos, os passeios da nossa rua e seus limítrofes, recentemente renovados, estavam agora a ser estilhaçados, completamente destruídos... Por quê? Presumimos que se tenham esquecido de substituir a canalização previamente, ou... ou...



Situação abjecta, inexplicável, simplesmente contra natura!...



Não fosse o facto de sabermos "que estão mexendo nos nossos bolsos" até nos podíamos descontrair 5 ou 10 minutos apreciando as manobras em execução... se é divertido observar o vai e vem de uma escavadora, já mais patético é assistir à abertura de um buraco... cova feita, 1 ou 2 homens entram nas profundidades e 7 ou 8 rodeiam e contemplam indefinidamente o fosso... fará parte do processo?



Para além do incómodo... o prejuízo que isto representa... a minha rua é o espelho do nosso país... faz-se, desfaz-se, torna-se a fazer e assim se gasta o dinheiro que não temos.



Os meus passeios estão a ser repetidamente torturados, violentados... ai se eles falassem!... "desorganização, descoordenação, desgoverno..., des..., des..., incapacidade, in..., in..." tantos prefixos de negação.



Não tenho dúvida que a minha rua vai ficar novamente simpática... todos os seus moradores o são... e os meus miminhos também não são tão simpáticos?