segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Avó instrutora












Embora seguindo a mesma matriz, este babygrow é diferente do já anteriormente apresentado - a substituir o canelado, quis dar-lhe alguma graciosidade (consegui?!) com uns torcidos minúsculos na parte superior (frente e costas) e nos pezitos.
É impensável "um(a) verdadeiro(a) artista" bisar uma obra... a temática pode ser recorrente mas a abordagem assume contornos específicos que forçosamente a distanciam da original!... Ah!... Ah!... Ah!...
Para "fazer pendant" imaginei um casaquito da mesma cor com um remate irrepreensível, não muito comum, todavia bem fácil que me proponho explicar. Paradoxo dos paradoxos - eu a ensinar tricô... eu que devia ter muitas e boas lições...! "fala o roto do mal remendado"...
Bem, mas "quem dá o que tem ... a mais não é obrigado(a)..."
Ficamos sempre com a sensação de obra acabada quando armamos o trabalho... e até lá... muito pontinho ainda se tem de dar...
Neste casaquito, depois de cosidas e pregadas as partes da frente, costas e mangas, fiz 2 tiras iguais (podia ser 1 única - eu não aconselho), com o mesmo nº de malhas.
Como?
A partir de cada extremidade fui montando numa agulha nº2,5, malhas (qb) até ao meio do pescoço (atrás); fiz 6 carreiras completas e na 7ª mudei para agulhas nº4; as restantes 9 carreiras voltaram a ser feitas com agulhas nº 2,5; com lã de outra cor, acrescentei mais 4ou 5 voltas.
Questionar-me-ão o motivo da mudança de agulhas.
É aqui que reside o busílis - essa carreira porque é mais folgada, ela própria quebra e dobra facilitando e proporcionando um trabalho com acabamento mais perfeito.
Finalmente, depois de pregadas as tiras conforme sugere a foto, desmancha-se a parte feita com fio de outra cor que apenas serviu para nos orientar na costura das tiras. Só falta mesmo pedir numa retrosaria molas para combinarem com as utilizadas no babygrow.
A fatiota está acabada e pronta para ser usada pelo Francisco, mano bebé da Maria Rita, boa amiga da Mariana!...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Avó solidária





Acabámos de deixar a 1ª década do século com um sentimento híbrido tendencialmente negativista. Se vivemos um tempo de progressos exponenciais (no limiar do credível!!!)- novas tecnologias, internet, wikileaks?!, energias renováveis - que nós, portugueses, tão bem acompanhámos... já o mesmo não nos podemos orgulhar como pares da União Europeia. Uma catástrofe!
Um acontecimento tão promissor e tão desperdiçado! A nossa apatia, a nossa acomodação, a nossa entrega ao clube dos ricos, a perda de grandes oportunidades, de recursos jamais repetíveis, enfim, o sumiço da nossa autonomia com todas as consequências que daí resultaram - a famigerada crise económica indubitavelmente agravada com a falência do banco americano Leman Brothers e extravios a todos os níveis tendo como última causa o 11 de Setembro de 2001.
Uma década perdida!
Estamos em 2011 com as piores conjecturas possíveis!... Baixar os braços... para agravar a situação?! De todo, nunca...
" A necessidade faz o monge". É em tempos de crise que surgem as grandes iniciativas, em que se burila o espírito criativo, de sobrevivência... todos nos vamos consciencializar que temos de trabalhar melhor, temos necessariamente de ser mais rentáveis, encontrar estratégias originais e auspiciosas, soluções capazes de nos retirar deste fosso já tão profundo!...
" O homem é um animal de hábitos" se se habituou a viver acima das suas possibilidades também é capaz de virar costas ao supérfluo, aos excessos, à superficialidade... Estou a falar evidentemente para a dita e tão castigada classe media?!...
Para os pobres tenho esperança nas diversas ondas de solidariedade, nos vários movimentos que se estão a organizar para erradicar a fome, palavra obscena que soa a palavrão e que infelizmente tem proliferado nos últimos tempos ao nosso redor. Demos as mãos uns aos outros e ajudemos; unamos esforços com quaisquer que sejam os miminhos, o importante é darmo-nos aos outros.
E os ricos?
Esses que gastem com fartura, em abundância, fazendo "mexer" a economia, equilibrar as finanças, não sendo contudo necessário ostentarem o seu dinheiro tão extravagantemente como o milionário do jogo Stanley Ho ao comprar num leilão duas trufas por 250 mil dólares! Que indigestão! Ou o magnata russo Abramovich adquirir o maior iate privado do mundo! Verdadeiros atentados à pobreza! Gastem mas não esbanjem! Invistam senhores do capital! Invistam muito com o objectivo de criarem postos de trabalho suficientes para o desenvolvimento da nossa economia!... Partilhem simpaticamente com os menos favorecidos...Vamos acreditar!